terça-feira, janeiro 31, 2006
 

Antoní

O verdadeiro totó podia ser aquele que se engasga a falar, mas que tem bom fundo. O verdadeiro totó podia ser aquele que nem sequer fala, que engasga os pensamentos só de pensar em falar, mas que tem bom fundo. O verdadeiro totó podia ser aquele que debita coisas que leu aqui, ali e acoli para impressionar, mas que tem bom fundo. O verdadeiro totó podia ser aquele que crê veementemente que a beleza é relativa, ainda que tenha bom fundo. O verdadeiro totó podia até mesmo ser aquele não sabe ler mapas, que não sabe aparafusar, brocar, rebocar, que não distingue preto de azul marinho, mas que tem bom fundo. O verdadeiro totó podia ser aquele que não sabe fazer estacionamentos paralelos ao passeio, que tem de dar pelo menos duas voltas à rotunda para conseguir seguir o seu caminho, mas que tem bom fundo. O verdadeiro totó podia ser o pastor de ovelhas de castanheira de midães que nunca viu o mar porque viagens rodoviárias o deixam mal-disposto, mas que tem bom fundo. O verdadeiro totó podia ser aquele que se deixou engordar quinze quilos no espaço de dois anos e que, por causa disso, agora arrota alto, mas que tem bom fundo. O verdadeiro totó podia ser aquele que insiste que a melhor cerveja do mundo é a Super Bock e que não há melhor compositor no mundo que o Mark Knopfler, mas que tem bom fundo. O verdadeiro totó podia ser aquele que tem medinho de passar vergonhas, o que o leva a deixar de fazer coisas, e que se constrange com pouco, mas que tem bom fundo. O verdadeiro totó podia ser aquele que de tudo faz para que todos à sua volta gostem de si, mas que tem bom fundo. O verdadeiro totó podia ser aquele que, às vezes, quando tosse, lhe sai a gosma das entranhas, mas que tem bom fundo.

Mas não.

O verdadeiro totó é aquele que não for ver a exposição do Tapiés que estará até dia 25 de Fevereiro do corrente na Galeria Fernando Santos à Rua de São Paulo, mas que, no fundo, até há-de ter bom fundo. Duvido, mas há-de ter bom fundo.

quinta-feira, janeiro 26, 2006
 

Be there or be nowhere. And, for fuck sake, be aware:

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Farwest, by Piñacolada

O mainstream estilizado do grande Piñacolada finalmente aqui, tão perto de si. E de mim. É benzer-nos a todos, pronto. Reparai, por exemplo, nesta magnânima bicefalização de Dom William Shatner. Ora reparai.

quarta-feira, janeiro 25, 2006
 

Não é naperon? nape? pe, pe? O Dicionário da Academia diz que sim.

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Bom:



Deprimido? Triste com as eleições? Cansado da vida em geral? Óptimo, porque assim é garantido que irá estar presente na segunda aparição dos

2 DJS DO C******!*
(agora com camisas iguais)

Os únicos DJs que conseguem colocar «Franz Ferdinand», «Madonna» e «Gemini» na mesma frase e mesmo assim safarem-se em grande estilo.

QUINTA-FEIRA, DIA 26, NO NAPRON (antigos 3 pastorinhos) na R. da Barroca, a partir das 00.00 horas.


Dê bom nome à ressaca na sexta-feira!


* Os 2 Djs do C******** são Nuno Miguel Guedes e Zé Diogo Quintela (nomes registados)

 

I feel the need, the need for speed.

Dores de corno a bombarem ali ao lado. Agora é que vai ser, agora é que é.

sexta-feira, janeiro 20, 2006
 

Galeria mood swing - Exposição o Meu Irmão é Mais Talentoso Que o Teu

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Muita Naitado mas Nunca Atrofiado

Gustty himself, by Jojó Pires.

sexta-feira, janeiro 13, 2006
 

No fundo, no fundo, no fundo, no fundo, no fundo, no fundo, no fundo...

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Little fish, big fish, swimming in the water. Come back here, garoupa, and gimme my daughter.

Apesar dos tempos que correm, ainda há muita coisa susceptível de nos espantar. Todos os dias, aliás, é só coisas a espantarem-me aqui e ali. A mais recente foi a da pedofilia forçada entre as garoupas, um peixe que aprecio deveras, bem como a hermafroditagem das mesmas, a partir de determinada idade. Fenómenos maravilhosamente descobertos e delatados aqui, pelo meu querido Zoo.

quinta-feira, janeiro 12, 2006
 

Galeria mood swing - Exposição o Meu Irmão é Mais Talentoso Que o Teu

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Tomb of Liegia
Gustty, 2005

 

Bluetooth litotiano

De certa forma, compreendo o António. Eu, por exemplo, nunca me autolinquei. Estarei para adoptar um zimbaweniano de doze anos? É uma coisa que, vai não vai, me ocorre.

segunda-feira, janeiro 09, 2006
 

Enetri, ma chére, je t'embrasse.

Pisar, pela primeira vez, o solo do Ikea e verificar que, de facto, a onomástica aproxima foi o meu primeiro grande momento poético de 2006. Com efeito, aproxima não só pessoas a pessoas, pessoas a animais, pessoas a países, pessoas a cidades, pessoas ao diabo a quatro, mas também pessoas a sofás, a conchas da sopa, a carpetes e a piaçabas. A estante do escritório tem finalmente um nome, Enetri, e tem, desde já, todo o meu carinho e apoio.

 

A melhor música de 2005

está a bombar ali ao lado.

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